ACERVO DO MAEDS EM 3D
Taça de cerâmica pintada da II Idade do Ferro | Garvão (Ourique)
Vaso caliciforme de cerâmica, decorado com pintura de bandas e traços verticais ondulados de coloração vermelha (séc. III-II a.C.) recuperado no depósito votivo de Garvão (Ourique). Possui cerca de 20cm de diâmetro de bordo e uma altura de aproximadamente 18,5cm.
Imagem 3D realizada em Blender. Elaborada por Francisco de Lima Nunes.
Ídolo-placa | Lapa do Bugio (Sesimbra)
Os ídolo-placa, geralmente de xisto, mais raramente de grés ou calcário, surgiram no Neolítico final do Centro e Sul de Portugal, em ambientes, de um modo geral, funerários, há cerca de 5200-5000 anos e sobreviveram até aos inícios de Calcolítico, há cerca de 4800 anos. A sua conotação com a morte é evidente, tal como com o sexo feminino da entidade que representam.
A maioria dos exemplares conhecidos apresenta um carácter antropomórfico estilizado, cujo corpo se encontra “vestido” por estrutura têxtil de motivos geométricos diversificados; algumas peças mais evolucionadas possuem olhos solares. Excepcionalmente, a representação antropomórfica gravada nestas placas pétreas surge desnuda, com signos atribuídos ao sexo feminino. Na esmagadora maioria dos exemplares existe no topo um orifício que permitia a sua suspensão ao pescoço da(o) defunta(o).
Diversas interpretações têm sido propostas para estes ideoartefactos “icónicos” da Pré-história portuguesa, que não serão aqui debatidas.
O exemplar apresentado, proveniente de ossuário da Lapa do Bugio, do Neolítico final, e pertencente ao acervo do MAEDS, apresenta uma iconografia única. No interior do corpo da divindade feminina, encontra-se figurado o ídolo almeriense, muito divulgado em contextos coevos do Sudeste da Península Ibérica, manufacturado frequentemente em placa óssea. Podemos assim ler neste ídolo-placa uma alusão à maternidade, mas mais ainda, à interacção entre as costas atlântica e mediterrânea do sul da Ibéria e apreender uma narrativa que com 5000 anos nos indica ainda caminhos com futuro.
O cordão em sisal que se vê na placa não faz parte do original. Foi acrescentado à imagem com fins pedagógicos
Imagem 3D realizada em Blender. Elaborada por Francisco de Lima Nunes.
Ânfora importada da Baía Gaditana | Castro de Chibanes (Palmela)
Ânfora Mañá C2b/ Ramon T-7.4.3.3 (último quartel/ terço do século II - I a.C.), destinada sobretudo ao transporte de preparados piscícolas da área do Estreito de Gibraltar. Encontra-se muito bem representada na 2.ª fase de ocupação romano-republicana do Castro de Chibanes (Fase IIIB), datada entre 75 e 40 a.C. Possui cerca de 1,25m altura e 23-27 l de capacidade. Imagem 3D realizada em Blender. Elaborada por Francisco de Lima Nunes.
Lucerna romano-republicana | Castro de Chibanes (Palmela)
Lucerna de cerâmica de verniz negro itálico de tradição helenística (tipo G de Ricci/ Dressel 1B), datada entre 130 e 30 a. C. Foi recuperada em um contexto habitacional (compartimento T16) datado c. 70-40 a.C. (Fase IIIB de Chibanes). Comprimento c. 8,3cm. Imagem 3D realizada em Blender. Elaborada por Francisco de Lima Nunes.
Ânfora vinária itálica | Castro de Chibanes (Palmela)
Ânfora Dressel 1 itálica (140/130 - 50 a.C.), destinada sobretudo ao transporte de vinho e representada na fase de ocupação romano-republicana do Castro de Chibanes- Palmela (Fase IIIA). Possui cerca de 1,10m altura e 20-25l de capacidade. Imagem 3D realizada em Blender. Elaborada por Francisco de Lima Nunes.
Punhal | Castro de Chibanes (Palmela)
Reconstituição de punhal de antenas de “tipo Santa Trega” (século II-I a.C.), tendo por base o fragmento de empunhadura de liga de cobre e lâmina de ferro recuperado em Chibanes (Palmela). Dimensões da empunhadura conservada: comprimento 9,95cm/ largura 4,7cm. Dimensões da reconstituição: comprimento 42,5cm/ largura 4,7cm. Imagem 3D realizada em Blender, por Francisco de Lima Nunes.